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domingo, 1 de dezembro de 2013

[ZP131201] O mundo visto de Roma


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ZENIT
O mundo visto de Roma
Serviço semanal - 01 de Dezembro de 2013
Pensamento do dia, domingo, 01 de dezembro


"O mérito não consiste em dar muito, mas em amar muito." Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897)


Doc. Papa Francisco 
Texto da catequese do Papa Francisco na audiência da quarta-feira 
O santo padre lembra que a nossa vida não termina com a morte. Quem pratica a misericórdia não teme a morte 
Papa Francisco 
Evangelii Gaudium, uma "bomba atômica" para as velhas estruturas eclesiásticas 
Publicada hoje a primeira exortação apostólica do Papa Francisco, sobre o anúncio do evangelho no mundo atual 
Santa Sé 
Presépio deste ano na Praça de São Pedro é napolitano 
Doada pelo cardeal Sepe, a obra em estilo do Settecento traz pastores criados por um artista da célebre rua San Gregorio Armeno 
Os trabalhadores do Vaticano terão que marcar ponto por decisão do Papa 
A partir do 1 de Janeiro se avaliará o seu rendimento. A medida servirá também para recuperar algum sacerdote para a atividade pastoral. 
Pregação Sagrada 
Comentário sobre a liturgia dominical 
Pe. Antonio Rivero, L.C. Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no Seminário Diocesano Maria Mater Ecclesiae de São Paulo (Brasil). 
Igreja e Religião 
CNBB divulga nota sobre Povos Indígenas e Agricultores 
Durante entrevista coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira, 27 de novembro 
Cardeal Raymundo Damasceno: "Papa Francisco pede que haja mais empenho na formação dos leigos no Brasil" 
Última reunião do Conselho Episcopal Permanente da CNBB de 2013 
Começa a primeira assembleia geral dos leigos consagrados do Regnum Christi 
Principal missão é aprovar o novo estatuto e escolher um governo geral 
Jornada Católica na Europa Central: Faith Facebook Face 
Encontro discute a importância de viver a fé, testemunhá-la nas redes sociais e o encontro face a face 
Francisco, o personagem mais mencionado pelos anglosaxões na internet 
Um estudo realizado pelo Global Language Monitor classifica o pontífice na frente do presidente Obama, a princesa Kate Middleton e o ex-espião Snowden 
O cenário da comunicação numa sociedade em mudança 
Primeira Assembleia Geral Ordinária da Associação Católica de Comunicação, a Signis Brasil 
Uma visão geral da Doutrina Social da Igreja 
Da "Rerum Novarum" à "Caritas in Veritate", as encíclicas sociais são o tema de um ensaio do estudioso dominicano Maciej Zieba 
Cultura e Sociedade 
A Croácia se mobiliza em defesa do casamento natural 
Referendo deste domingo pergunta se a constituição deve passar a definir o casamento como "união entre homem e mulher". 68% dos eleitores são a favor 
Homens e Mulheres de Fé 
É careta ser beato? 
Testemunho de jovem brasileiro, surfista, estudante de medicina, quase padre e com fama de anjo surfista 
A cristologia do papa Bergoglio 
Francisco descreve e propõe uma retomada da identidade cristã 
Familia e Vida 
Bélgica: líderes religiosos reiteraram a sua profunda preocupação sobre a eutanásia infantil 
Em uma nova declaração conjunta pedem para não banalizar o ato de matar. Aprovada em comissão, abre-se o debate no Parlamento 
Mundo 
O mundo hebraico americano aplaude a "Evangelii Gaudium" 
Rabino David Rosen manifesta seu apreço pelas partes da Exortação Apostólica de Francisco dedicadas ao diálogo inter-religioso e as relações com o judaísmo 
Nepal: hinduístas e budistas também participaram da procissão de Cristo Rei 
Organização foi da Igreja católica em Katmandu, no encerramento do Ano da Fé 
Análise 
Alegria do Evangelho 
Reflexões do arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo 
Angelus 
O tempo do Advento nos restitui o horizonte da esperança 
As palavras do papa Francisco durante o Angelus 



Doc. Papa Francisco
Texto da catequese do Papa Francisco na audiência da quarta-feira 
O santo padre lembra que a nossa vida não termina com a morte. Quem pratica a misericórdia não teme a morte

Por Redacao


ROMA, 27 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs,

Bom dia e parabéns porque vocês são corajosos com este frio na praça. Parabéns!

Quero concluir as catequeses sobre "Credo", desenvolvidas durante o Ano da Fé, que se concluiu domingo passado. Nesta catequese e na próxima, gostaria de considerar o tema da ressurreição da carne, capturando dois aspectos como os apresenta o Catecismo da Igreja Católica, isso é, o nosso morrer e o nosso ressurgir em Jesus Cristo. Hoje, concentro-me no primeiro aspecto, "morrer em Cristo".

1. Entre nós, comumente, há um modo errado de olhar para a morte. A morte diz respeito a todos, e nos interroga de modo profundo, especialmente quando nos toca de modo próximo, ou quando atinge os pequenos, os indefesos de maneira que nos resulta "escandalosa". A mim sempre veio a pergunta: por que sofrem as crianças? Por que morrem as crianças? Se entendida como o fim de tudo, a morte assusta, aterroriza, transforma-se em ameaça que infringe todo sonho, toda perspectiva, que rompe toda relação e interrompe todo caminho. Isso acontece quando consideramos a nossa vida como um tempo fechado entre dois pólos: o nascimento e a morte; quando não acreditamos em um horizonte que vai além daquele da vida presente; quando se vive como se Deus não existisse. Esta concepção da morte é típica do pensamento ateu, que interpreta a existência como um encontrar-se casualmente no mundo e um caminhar para o nada. Mas existe também um ateísmo prático, que é um viver somente para os próprios interesses e viver somente para as coisas terrenas. Se nos deixamos levar por esta visão errada da morte, não temos outra escolha se não ocultar a morte, negá-la ou banalizá-la, para que não nos cause medo.

2. Mas a essa falsa solução se rebela o "coração" do homem, o desejo que todos nós temos de infinito, a nostalgia que todos temos do eterno. E então qual é o sentido cristão da morte? Se olhamos para os momentos mais dolorosos da nossa vida, quando perdemos uma pessoa querida – os pais, um irmão, uma irmã, um cônjuge, um filho, um amigo – nos damos conta de que, mesmo no drama da perda, mesmo dilacerados pela separação, sai do coração a convicção de que não pode estar tudo acabado, que o bem dado e recebido não foi inútil. Há um instinto poderoso dentro de nós que nos diz que a nossa vida não termina com a morte.

Esta sede de vida encontrou a sua resposta real e confiável na ressurreição de Jesus Cristo. A ressurreição de Jesus não dá somente a certeza da vida além da morte, mas ilumina também o próprio mistério da morte de cada um de nós. Se vivemos unidos a Jesus, fiéis a Ele, seremos capazes de enfrentar com sabedoria e serenidade mesmo a passagem da morte. A Igreja, de fato, prega: "Se nos entristece a certeza de dever morrer, consola-nos a promessa da imortalidade futura". Uma bela oração esta da Igreja! Uma pessoa tende a morrer como viveu. Se a minha vida foi um caminho com o Senhor, um caminho de confiança na sua imensa misericórdia, estarei preparado para aceitar o último momento da minha existência terrena como o definitivo abandono confiante em suas mãos acolhedoras, à espera de contemplar face-a-face o seu rosto. Essa é a coisa mais bela que pode nos acontecer: contemplar face-a-face aquele rosto maravilhoso do Senhor, vê-Lo como Ele é, belo, cheio de luz, cheio de amor, cheio de ternura. Nós caminhamos para este ponto: ver o Senhor.

3. Neste horizonte se compreende o convite de Jesus a estar sempre prontos, vigilantes, sabendo que a vida neste mundo nos foi dada também para preparar a outra vida, aquela com o Pai Celeste. E para isto há um caminho seguro: preparar-se bem para a morte, estando próximo a Jesus. Esta é a segurança: o meu preparo para a morte estando próximo a Jesus. E como se fica próximo a Jesus? Com a oração, nos Sacramentos e também na prática da caridade. Recordemos que Ele está presente nos mais frágeis e necessitados. Ele mesmo identificou-se com eles, na famosa parábola do juízo final, quando disse: "Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era peregrino e me acolhestes, nu e me vestistes, enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim…Tudo aquilo que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes" (Mt 25, 35-36. 40). Portanto, um caminho seguro é recuperar o sentido da caridade cristã e da partilha fraterna, cuidar das feridas corporais e espirituais do nosso próximo. A solidariedade no partilhar a dor e infundir esperança é premissa e condição para receber por herança aquele Reino preparado para nós. Quem pratica a misericórdia não teme a morte. Pensem bem nisto: quem pratica a misericórdia não teme a morte! Vocês estão de acordo? Digamos juntos para não esquecê-lo? Quem pratica a misericórdia não teme a morte. E por que não teme a morte? Porque a olha em face das feridas dos irmãos e a supera com o amor de Jesus Cristo.

Se abrirmos a porta da nossa vida e do nosso coração aos irmãos mais pequeninos, então também a nossa morte se tornará uma porta que nos introduzirá no céu, na pátria bem aventurada, para a qual estamos caminhando, desejando habitar para sempre com o nosso Pai, Deus, com Jesus, com Nossa Senhora e com os santos.

(Fonte: Canção Nova / Tradução: Jéssica Marçal)





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Papa Francisco
Evangelii Gaudium, uma "bomba atômica" para as velhas estruturas eclesiásticas 
Publicada hoje a primeira exortação apostólica do Papa Francisco, sobre o anúncio do evangelho no mundo atual

Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


BRASíLIA, 26 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Enquanto o episcopado, o clero, as pessoas consagradas e os fieis leigos esperavam o documento conclusivo da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, celebrado do 7 ao 28 de outubro de 2012, sobre o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã", o Papa Francisco mais uma vez nos surpreendeu e, de forma totalmente inesperada, embora bem pensada e refletida, publicou uma Exortação Apostólica com caráter programático para toda a Igreja, a exortação apostólica Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do evangelho no mundo atual.

Como o mesmo pontífice escreve "Aqui escolhi propor algumas directrizes que possam encorajar e orientar, em toda a Igreja, uma nova etapa evangelizadora, cheia de ardor e dinamismo". Sendo assim o Papa decidiu deter-se, entre outros temas, nas seguintes questões: a) A reforma da Igreja em saída missionária. b) As tentações dos agentes pastorais. c) A Igreja vista como a totalidade do povo de Deus que evangeliza. d) A homilia e a sua preparação. e) A inclusão social dos pobres. f) A paz e o diálogo social. g) As motivações espirituais para o compromisso missionário.

Se a Igreja conseguir ser melhor, sem dúvida o mundo também o será. O importante, escreve o Papa, é que "Jesus Cristo pode romper também os esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-Lo, e surpreende-nos com a sua constante criatividade divina." Em "toda a vida da Igreja deve manifestar-se sempre que a iniciativa é de Deus" e não nossa" e é por isso que "A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração".

A primeira exortação apostólica do Papa Francisco está composta por cinco capítulos revolucionários que caem como uma bomba atômica nos diversos setores da Igreja, com "consequências importantes", reconhece o Papa.

"Não ignoro que hoje os documentos não suscitam o mesmo interesse que noutras épocas, acabando rapidamente esquecidos. Apesar disso sublinho que, aquilo que pretendo deixar expresso aqui, possui um significado programático e tem consequências importantes", escreve o Papa.

Contudo, não é uma exortação que pretenda dar uma palavra conclusiva a todos os problemas existentes, porque, como o mesmo pontífice recorda, "acho que não se deva esperar do magistério papal uma palavra definitiva ou completa sobre todas as questões que afetam a Igreja e o mundo. Não é conveniente que o Papa substitua os episcopados locais no discernimento de todas as problemáticas que surgem nos seus territórios. Neste sentido, percebo a necessidade de avançar em uma saudável "descentralização".

Com esta exortação, de leitura e reflexão obrigatória, tanto a nível pessoal quanto comunitário, Francisco - assim como o poverello de Assis fez há séculos - não somente quer exortar os demais a se converterem, dizendo para cada Igreja particular entrar "em um processo decidido de discernimento, purificação e reforma". Mas, primeiramente olha para si, "dado que sou chamado a viver aquilo que peço aos outros, devo pensar também numa conversão do papado", afirma o pontífice, porque "também o papado e as estruturas centrais da Igreja universal necessitam escutar o chamado a uma conversão pastoral".

Para ler o texto completo da exortação clique aqui


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Santa Sé
Presépio deste ano na Praça de São Pedro é napolitano 
Doada pelo cardeal Sepe, a obra em estilo do Settecento traz pastores criados por um artista da célebre rua San Gregorio Armeno

Por Redacao


ROMA, 29 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - É napolitano o presépio a ser montado este ano na Praça de São Pedro. Presente do cardeal Crescenzio Sepe, a obra terá o estilo artístico da Nápoles do século XVIII. O responsável será Antonio Di Tuoro, que há anos cuida dos presépios da diocese de Nápoles.

Os pastores, por sua vez, foram criados por Antonio Canton, artista de San Gregorio Armeno, a rua conhecida internacionalmente por suas barracas de figuras e elementos tradicionais para presépios.

Canton é o criador de um presépio de cerca de 4 metros, todo construído com material reciclado, feito de acordo com a tradição do Settecento napolitano. Exposta na Igreja de San Domenico Maggiore, a obra recebeu a bênção do cardeal Sepe.

Destaque especial merece a legenda da obra: "1223-2013: Em 1223, São Francisco cria o primeiro presépio; em 2013, Francisco é o primeiro papa que recebe em Roma o presépio napolitano".


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Os trabalhadores do Vaticano terão que marcar ponto por decisão do Papa 
A partir do 1 de Janeiro se avaliará o seu rendimento. A medida servirá também para recuperar algum sacerdote para a atividade pastoral.

Por Ivan de Vargas


ROMA, 27 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Todos os funcionários do Estado do Vaticano, com exceção dos arcebispos e cardeais, terão que marcar ponto com o cartão magnético que já têm, para registrar assim a sua jornada de trabalho. O farão a partir do 1 de Janeiro de 2014, de acordo com uma informação que será publicada amanhã pelo semanário italiano Panorama.

Apesar de já ter ficado para trás os tempos em que João XXIII respondeu com uma piada ao jornalista que lhe perguntou quantas pessoas trabalhavam no Vaticano: indicando "Mais ou menos a metade", o registro das entradas e saídas servirá para medir o nível de trabalho de cada um dos seus quase 3 mil dependentes.

A decisão foi promovida pelo próprio Papa e contou com a colaboração do serviço da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica ( APSA ), que é quem paga os salários .

Durante anos tentou-se colocar este controle de assistência, mas o projeto sempre fracassava devido ao obstrucionismo dos interessados. Dessa forma, o pontífice argentino passou das palavras aos fatos na sua própria casa, onde já é conhecido o seu hobby de ir apagando as luzes dos corredores das casas. "Economizando luz se paga um salário a um pároco", afirmou mais de uma vez Francisco.

Aqueles que conhecem o Santo Padre dizem que esta medida permitirá principalmente otimizar o uso do pessoal na Curia romana e recuperar algum sacerdote para a atividade pastoral.

A obrigação de Marca ponto suscitou o descontentamento, especialmente entre aqueles que temem um controle muito rígido e não leve em conta outras atividades fora dos muros do Vaticano.

Equipada com um chip capaz de localizar a qualquer momento onde se encontra o seu proprietário, o cartão serve também para ter acesso aos serviços de assistência sanitária, os caixas eletrônicos, o mercado, os refeitórios e os postos de gasolina dentro do Estado da Cidade do Vaticano.

(Trad.TS)


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Pregação Sagrada
Comentário sobre a liturgia dominical 
Pe. Antonio Rivero, L.C. Doutor em Teologia Espiritual, professor e diretor espiritual no Seminário Diocesano Maria Mater Ecclesiae de São Paulo (Brasil).

Por Pe. Antonio Rivero, L.C.


SãO PAULO, 27 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Primeiro Domingo do Advento

Ciclo A

Textos: Isaías 2, 1-5; Romanos 13, 11-14; Mateus 24, 37-44

Dado que é a minha primeira coluna neste setor de comentários à liturgia dominical do Ciclo A, quero deixar claro desde o início como serão feitos: 

- Não se trata de uma homilia, mas de algumas pistas com uma ideia principal tomada de qualquer uma das leituras. Apenas uma ideia, como recomendei no curso oferecido este ano na minha coluna sobre como melhorar a pregação sagrada, que terminou em livro.

- Essa ideia será desenvolvida em dois ou três aspectos, apoiada pelas outras duas leituras.

- Farei algumas aplicações desta mensagem para o nosso dia a dia: às vezes na forma de perguntas e outras na forma de afirmação.

- São sugestões para que cada sacerdote ou diácono possa livremente considerar algum aspecto e aprofundar, e levando à vida da sua comunidade que bem conhece e ama.

Vejamos, pois, algumas pistas para este primeiro domingo do Advento.

- Ideia principal: Levantai-vos e caminhai… se aproxima a luz da nossa salvação, Cristo. O Advento é como um grande relógio ou despertador de Deus que a Igreja nos coloca na nossa mesa de cabeceira para aqueles que estão meio sonolentos, anestesiados com as mil preocupações e ocupações diárias.

- Aspectos desta ideia:

Em primeiro lugar, não é fácil despertar de tanta letargia e sonolência. O mundo nos convida a sestear na preguiça, na tibieza ou nos gostos e caprichos: preocupações na família, no trabalho, as mil tentações do mundo. Acordemos e caminhemos com os pés da alma (Santo Agostinho). É Cristo que nos espera novamente no Natal trazendo a salvação (Evangelho e a segunda leitura). O Advento é um caminho: subamos dignamente ao monte do Senhor (primeira leitura). Quem não sobe, desce, inevitavelmente. O que me impede subir até a montanha do Senhor: os pés atados, coração apegado, vontade desmotivada?

Em segundo lugar, uma vez que nós acordemos e despertemos, caminhemos com alegria ao encontro de Cristo, permaneçamos com um coração atento, pois no caminho há ladrões que querem roubar a nossa fé, nossa esperança e decência moral (Evangelho e a segunda leitura). Quais ladrões comumente estão à espreita na minha vida cristã: ladrões internos, ladrões externos?

Finalmente, depois de fazer a experiência de Cristo na oração e nos sacramentos, vamos experimentar os frutos deste encontro com Cristo: somos revestidos em Cristo (segunda leitura) e colheremos frutos abundantes (primeira e segunda leitura): seremos homens de luz, de paz e de moral em nossa casa, em nossos ambientes. Quais frutos estamos oferecendo aos outros da nossa experiência profunda de Cristo?

-Para refletir: Coloquemos as pilhas da graça em nosso despertador, no caso de que estejam gastas​​, e marquemos bem o horário de acordar cedo todos os dias para ir até a montanha de oração e progridamos nas virtudes ao longo do dia. Que neste Natal, Cristo nos encontre preparados com a lâmpada da fé acesa e em paz com todos! Confiemo-nos à Virgem do Advento que é também a Virgem da Vigília para que nos ajude a preparar os nossos corações para receber o seu Filho Jesus.

Qualquer sugestão ou dúvida entre em contato Padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org


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Igreja e Religião
CNBB divulga nota sobre Povos Indígenas e Agricultores 
Durante entrevista coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira, 27 de novembro

Por Redacao


BRASíLIA, 27 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, durante entrevista coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira, 27 de novembro, uma nota oficial sobre Povos Indígenas e Agricultores. No textos, os bispos se unem "à angústia dos povos indígenas e agricultores diante da inércia do governo federal e dos respectivos governos estaduais em solucionar verdadeira e definitivamente os crescentes conflitos fundiários".

De acordo com a CNBB, "o momento é crítico e exige urgente e efetiva ação por parte do governo brasileiro em defesa da vida, da justiça e da paz entre indígenas e agricultores no país".

A seguir, a íntegra da nota:

***

Brasília, 27 de novembro de 2013

P – C – 0743/13

Nota da CNBB sobre Povos Indígenas e Agricultores

Bem aventurados os mansos porque possuirão a terra (Mt 5, 5)

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil- CNBB, reunido em Brasília, se une à angústia dos povos indígenas e agricultores diante da inércia do governo federal e dos respectivos governos estaduais em solucionar verdadeira e definitivamente os crescentes conflitos fundiários que envolvem estes nossos irmãos.

Entendemos que a solução para esta situação passa necessariamente pelo reconhecimento do direito histórico e constitucional dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais, bem como, pelo reconhecimento dos títulos de terra denominados de boa fé.

Os entes federados, responsáveis pela emissão de títulos de propriedade sobre terras da União, devem assumir a responsabilidade pelo erro político-administrativo que cometeram e indenizar os agricultores que adquiriram de boa fé e pagaram pela terra onde vivem com suas famílias e formaram comunidades. Além disso, o Estado deve indenizar os agricultores pelas benfeitorias construídas sobre as terras e, aquelas famílias que desejarem ser reassentadas, precisam ter esse direito devidamente respeitado, como estabelece o decreto 1775/96, preferencialmente na mesma região.

Não é aceitável a posição assumida pelo governo federal e pelos distintos governos estaduais neste processo. Impedir e protelar a solução desses problemas potencializa a insegurança, as angústias e os riscos de conflitos entre indígenas e agricultores, ambos vítimas de um modelo equivocado de ocupação do território brasileiro.

A Igreja e seus ministros têm compromisso de evangelização e de pastoral com indígenas e agricultores. Neste compromisso, se colocam a serviço da vida plena. (DGAE 106).

O momento é crítico e exige urgente e efetiva ação por parte do governo brasileiro em defesa da vida, da justiça e da paz entre indígenas e agricultores no país.

Que Nossa Senhora, a mãe de todos os povos, olhe por seus filhos nesse momento de dor e preocupações.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida (SP), Presidente da CNBB 

Dom José Belisário da Silva, Arcebispo de São Luís (MA), Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília (DF), Secretário Geral da CNBB

(Fonte CNBB / Red.ZENIT TS)


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Cardeal Raymundo Damasceno: "Papa Francisco pede que haja mais empenho na formação dos leigos no Brasil" 
Última reunião do Conselho Episcopal Permanente da CNBB de 2013

Por Thácio Lincon Soares de Siqueira


BRASíLIA, 27 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Esse ano de 2013 esteve repleto de atividades para a Conferência Nacional de Bispos do Brasil e para toda a Igreja Católica no país. Hoje, em coletiva de imprensa, na sua sede em Brasília, a presidência da Conferência Episcopal fez memória de alguns dos compromissos presentes na Agenda da última reunião do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) de 2013. 

Os temas tratados - de acordo com o Presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno - foram desde a Campanha da fraternidade 2013, a Juventude, a Jornada Mundial da Juventude, a peregrinação da cruz e do ícone de Nossa Senhora, a eleição do Papa Francisco, o apoio que a CNBB deu ao comitê saúde + 10, a Quinta semana social brasileira cujo tema foi "O Estado que temos e o Estado que queremos", entre outros.

O presidente da Conferência episcopal destacou principalmente três pontos importantes: a renovação das nossas paróquias, a visita da Presidência da CNBB ao Papa Francisco e o Primeiro Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, acontecido em Manaus entre os dias 28 e 31 de Outubro.

Referindo-se à visita ao Papa, realizada no final de Setembro desse ano, o cardeal relatou que o Pontífice pediu que houvesse mais empenho na formação dos leigos no Brasil e que se tivesse mais presente a ação da Igreja na Amazônia.

Em seguida, Dom José Belisário, vice-presidente da CNBB, leu e fez pública uma nota sobre os Povos Indígenas e Agricultores. (clique aqui para ler a nota na íntegra), na qual a CNBB "se une à angústia dos povos indígenas e agricultores diante da inércia do governo".

Por fim, e dada a recente publicação da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco, ZENIT perguntou a Dom Raymundo Damasceno, reconhecido amigo do Papa Francisco, o motivo do Pontífice ter preferido uma Exortação pastoral e não tanto a publicação de uma Exortação Pós Sinodal. O prelado disse que o Papa "quis não só tratar sobre um sínodo, mas também abordar outros temas". Quis, dessa forma, "ampliar o tema". Também, disse o cardeal, a "CNBB ainda vai aprofundar a Exortação para tirar as suas consequências para a Evangelização do Brasil" e, certamente os bispos e os católicos do Brasil já o estão fazendo, concluiu.


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Começa a primeira assembleia geral dos leigos consagrados do Regnum Christi 
Principal missão é aprovar o novo estatuto e escolher um governo geral

Por Redacao


ROMA, 26 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Nesta segunda-feira, dia 25, começou a assembleia geral dos leigos consagrados do Regnum Christi em Roma. Sua principal missão "é aprovar o texto inicial do estatuto da vida consagrada masculina e escolher o governo geral", informa o movimento.

Em nota de imprensa, o Regnum Christi comunica que, até o próximo dia 1º de dezembro, "a assembleia analisará a situação dos consagrados do Movimento Regnum Christi à luz do relatório do governo atual e dos responsáveis territoriais [...] Será analisado também o texto inicial do estatuto para os consagrados, outros documentos sobre a formação e sugestões propostas à assembleia".

Por último, "será revisado o rascunho de um documento que contempla a colaboração entre as realidades que compõem o Regnum Christi (padres legionários, consagrados, consagradas e leigos não consagrados), garantindo a autonomia de cada parte e tutelando a comunhão".

A média de idade dos 24 leigos consagrados que participam da primeira assembleia da sua história é de 44 anos. O mais jovem tem 27 e o mais velho 57. Eles vêm do México, da Espanha, dos Estados Unidos, do Chile e do Canadá.

A assembleia será presidida pelo delegado pontifício, cardeal Velasio de Paolis, ou por um representante escolhido por ele. Além dos 24 consagrados participantes, estará presente o pe. Gianfranco Ghirlanda, SJ, conselheiro do delegado pontifício e encarregado do chamado "terceiro grau masculino", ou seja, os leigos consagrados do movimento. Sem voto, também participam o pe. Sylvester Heereman LC, Gloria Rodriguez e Francisco Gómez, como representantes, respectivamente, da Legião de Cristo, das consagradas e dos leigos não consagrados do Regnum Christi.

O processo de revisão do estatuto começou há um ano e meio. Participaram todos os leigos consagrados, acompanhados pelo pe. Gianfranco Ghirlanda, SJ. "Os consagrados do Regnum Christi elaboraram assim o texto que agora é apresentado à assembleia para a sua revisão final e que será entregue ao Santo Padre para a sua aprovação definitiva", explicam.

Depois desta assembleia, também acontecerá a das consagradas (de 2 a 18 de dezembro) e o capítulo geral extraordinário dos Legionários de Cristo (a partir de 8 de janeiro). "Terminará assim uma etapa no processo de renovação que Bento XVI iniciou para o Regnum Christi em 2010 e que continuará até amadurecer a configuração jurídica definitiva para o Regnum Christi".

Para mais informações: www.asamblea.consagrados.regnumchristi.org (em espanhol).


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Jornada Católica na Europa Central: Faith Facebook Face 
Encontro discute a importância de viver a fé, testemunhá-la nas redes sociais e o encontro face a face

Por Redacao


ROMA, 26 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Aconteceu em Saraievo, nos dias 22, 23 e 24 de novembro, a MEKT (Mitteleuropäischen Katholikentag - Jornada Católica na Europa Central) cujo tema foi "Faith - Facebook – Face". O objetivo do encontro foi dialogar sobre a importância de viver a fé, testemunhá-la nas redes sociais e o encontro face a face.

O evento contou com a participação de representantes dos setores jovens das conferências episcopais da Áustria, Hungria, Eslováquia, Eslovênia, Republica Tcheca, Croácia, Bósnia Herzegovina. Estavam presentes Pe. João Chagas, responsável pelo setor jovem do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), Pe. Michel Remery, da Conferência Episcopal Europeia, Pablo Manuel Vilareal, responsável pelo catecismo para jovens Youcat, entre outros.

O assunto central tratado foi a vivencia da fé, o uso das redes sociais no cuidado pastoral e evangelizador e a importância do encontro pessoal.

Felipe Bezerra, missionário da Comunidade Católica Shalom em Viena, Áustria, estudante de administração e consultor de marketing digital, foi um dos palestrantes. Durante workshop sobre "best practices", Felipe apresentou a "abordagem da Comunidade Shalom nas redes sociais, como forma de atingir os jovens onde eles estão". Para ele, um dos desafios apresentados durante o encontro foi a preocupação em comunicar aos que fazem parte dos movimentos e grupos, a maneira de falar aos dois públicos: o interno e o externo.

"Foi colocado também a dificuldade de muitos jovens em se declarar crentes nas redes sociais e a dificuldade de lidar com as tensões que posts 'religiosos' podem gerar, muitos preferem não tocar em temas de fé para evitar conflitos", afirmou Felipe.

Em suas considerações finais,o responsável pelo Setor Jovem do PCL, Pe. João Chagas destacou que as grandes ações de Deus, por exemplo, o Youcat, começaram pequenas e, posteriormente, se mostraram grandes obras da vontade de Deus. Ele exortou a não ter medo de começar com "pequenas iniciativas, sem pretender grandes coisas, pois se for de Deus, Ele mesmo fará crescer".

(MEM)


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Francisco, o personagem mais mencionado pelos anglosaxões na internet 
Um estudo realizado pelo Global Language Monitor classifica o pontífice na frente do presidente Obama, a princesa Kate Middleton e o ex-espião Snowden

Por Redacao


ROMA, 25 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Um trabalho realizado pela Global Language Monitor assinala que o Papa Francisco é o personagem mais mencionado na Rede no mundo anglo–saxão em 2013. De acordo com este informe, realizado entre quase 2 milhões de pessoas anglofalantes, o pontífice supera personalidade e instituições dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A empresa, com sede em Austin (Texas), estuda anualmente milhares de páginas web em inglês de todo o mundo, 275 mil meios de comunicação anglo-saxão, milhões de blogs e também comentários em redes sociais para detectar as palavras com valos mais usadas na internet.

Para aparecer na lista, uma palavra tem que ter sido usada no mínimo umas 25 mil vezes e não pode ser específica de um país, profissão ou grupo social particular.

O Santo Padre lidera esta classificação do Global Language Monitor na frente do presidente americano Obama, da princesa britânica Kate Middleton e do ex-espião americano Snowden.

(Red.TS)


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O cenário da comunicação numa sociedade em mudança 
Primeira Assembleia Geral Ordinária da Associação Católica de Comunicação, a Signis Brasil


BRASíLIA, 25 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Representantes das emissoras de rádio, televisão, editores de impressos e portais de internet católicos participaram, nos dias 22 a 24 de novembro, da primeira Assembleia Geral Ordinária da Associação Católica de Comunicação, a Signis Brasil. O encontro, realizado em São Paulo, teve como tema principal a discussão do cenário da comunicação numa sociedade em mudança, com a assessoria do jornalista André Barbosa Filho.

Em sua palestra, Barbosa mostrou que o modelo adotado no Brasil para o padrão de digitalização é um exemplo da falta de planejamento no uso do espectro de radiofrequência. Mostrou como o advento da tecnologia 4G vai prejudicar as transmissões de rádio e TV, especialmente para os canais públicos. Na avaliação do jornalista, é preciso despertar para as oportunidades criadas pela TV digital, especialmente com a interatividade. "Trata-se de uma ferramenta importante para reduzir a exclusão digital da população de baixa renda", explicou.

O palestrante mostrou uma experiência realizada em João Pessoa (PB) pela TV digital pública, em parceria com a Universidade de Brasília, o chamado "Brasil 4D". Neste projeto, as famílias de baixa renda tiveram acesso aos serviços públicos e informações de forma gratuita, apenas com o uso do controle remoto do televisor. "Pensem nas possibilidades de evangelização e de promoção da cidadania que esta tecnologia, desenvolvida no Brasil, pode oferecer", alertou André.

Nova diretoria e prioridades

A Assembleia também elegeu a nova diretoria da Signis Brasil para o próximo triênio. Ir. Helena Corazza foi reeleita para o período 2014 – 2016. O restante da diretoria ficou assim constituída: vice-presidente, padre Eduardo Dougherty, da Rede Século 21; secretário: padre Evaldo Cézar de Souza, do Portal A12; tesoureiro: padre Sérgio Gheller, da Rede Scalabriniana.

Os representantes dos setores de rádio, televisão, impressos e internet reuniram-se separadamente e estabeleceram as prioridades para a atuação da Signis Brasil no triênio que começa. Verificou-se a necessidade de uma maior sinergia entre os meios de comunicação, à exemplo do que já ocorre com as rádios católicas. Como iniciativas concretas neste sentido, foram propostas a cobertura conjunta das atividades da CNBB; a criação de um banco de imagens, áudio e vídeo; melhorar a forma de comunicação com os dirigentes e profissionais das emissoras; acompanhar a discussão da lei de democratização da comunicação; e a realização de um debate conjunto com os candidatos à Presidência da República, com o apoio da CNBB.

Durante o evento, também foi realizada uma homenagem a emissoras de rádio católicas, pelo longo período de serviços realizados na obra da evangelização. Receberam o Troféu Signis Brasil as rádios Sarandi, de Sarandi (RS); Legendária, de Lapa (PR); Xavantes, de Ipameri (GO); e Manhuaçu, de Manhuaçu (MG).

A Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB foi representada por seus assessores, irmã Élide Fogolari e padre Clóvis Melo. "O momento que estamos vivendo é histórico e bastante crítico devido às mudanças que estão acontecendo nas atividades de comunicação. As produções desses veículos católicos precisam ter maior atenção aos seus conteúdos e estar de acordo com as leis do país e, sobretudo, devem estar em consonância com os valores humanos e cristãos", avalia Élide.

(Fonte: CNBB)


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Uma visão geral da Doutrina Social da Igreja 
Da "Rerum Novarum" à "Caritas in Veritate", as encíclicas sociais são o tema de um ensaio do estudioso dominicano Maciej Zieba

Por John Flynn, LC


ROMA, 25 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - A Doutrina Social da Igreja é muitas vezes incompreendida e, tão frequentemente quanto, é também ignorada. Um livro publicado recentemente procura remediar esta falha, fornecendo uma visão geral de mais de um século de documentos papais.

"Este livro pode ser considerado pelos próximos muitos anos como a obra definitiva sobre o ensinamento econômicos dos papas modernos", diz o economista Michael Novak em seu prefácio para a obra Papal Economics: The Catholic Church on Democratic Capitalism, From Rerum Novarum to Caritas in Veritate [A Igreja Católica e o Capitalismo Democrático, da Rerum Novarum à Caritas in Veritate], publicado pela ISI Books.

O autor do ensaio é Maciej Zieba, OP, padre dominicano polonês, amigo de João Paulo II. Zieba é o fundador do Instituto Tertio Millennio, com sede em Cracóvia, criado em 1996 como um fórum para a troca de ideias e, em particular, para o aprofundamento na doutrina social da Igreja.

Zieba explica que o seu livro se destina a corrigir os mitos sobre a doutrina econômica da Igreja. O autor argumenta ainda que as encíclicas sociais manifestam uma continuidade que muitos deixam de perceber.

Já em 1891, por exemplo, a Rerum Novarum expressava uma rejeição decidida do socialismo. Em geral, as encíclicas apoiam a economia de mercado, mas também destacam os perigos que ela envolve.

Em 1931, quando escreveu a Quadragesimo Anno, em um contexto de depressão econômica global, o papa Pio XI, com a sua crítica às falhas do liberalismo, não tinha a intenção de suavizar a sua oposição ao socialismo, diz Zieba. Pio XI rejeitava até mesmo qualquer forma moderada de socialismo combinada com o cristianismo.

Trinta anos depois, João XXIII publicou a encíclica Mater et Magistra, que continha uma defesa da propriedade privada e dos negócios, mas que também expressava o desejo de humanizar as relações de trabalho.

Zieba continua examinando as encíclicas subsequentes, sempre do ponto de vista expresso no início do livro. A Igreja, diz o estudioso, não tomar partido por nenhuma instituição social em particular. "Ela nos encaminha, de forma mais ampla, às relações entre homem, sociedade e Estado e ao primado da cultura sobre a política e sobre a economia".

João Paulo II reforçou esta explicação na sua encíclica Sollicitudo Rei Socialis, de 1987: "A doutrina social da Igreja não é uma terceira via entre o capitalismo liberal e o coletivismo marxista". É uma categoria em si própria, com base nas complexas realidades humanas, na fé e na tradição da Igreja.

Depois de recapitualar as encíclicas lançadas entre 1891 e 1987, grande parte do livro passa a fazer uma análise detalhada da Centesimus Annus, de 1991, escrita por João Paulo II, que, como muitos apontaram, se destaca pela qualificada aprovação do livre mercado.

Um dos capítulos finais do livro inclui um estudo sobre a Caritas in Veritate, de Bento XVI. Segundo Zieba, esta encíclica evoca mais o espírito da Populorum Progressio que o dos escritos de João Paulo II.

Uma das principais questões destacadas por Bento XVI é a globalização. O papa emérito menciona em particular dois problemas relativos à cultura. O primeiro é o ecletismo cultural, que leva a ver todas as culturas como substancialmente equivalentes e intercambiáveis​​. O segundo é um nível cultural que leva à aceitação indiscriminada de todos os tipos de conduta. Segundo Zieba, a encíclica de Bento XVI se mostra muitas vezes de acordo com a Centesimus Annus, mas tem uma visão mais negativa da economia moderna.

Em sua observações conclusivas, Zieba volta a refletir sobre a contribuição que a Centesimus Annus oferece à doutrina social. Em uma passagem do texto, o autor se pergunta se a cultura liberal, a economia e a política procurarão eliminar o transcendente da vida pública.

João Paulo II, comenta Zieba, diz que é realmente possível construir uma sociedade livre que também saiba respeitar o absoluto.

Há, no entanto, certas dificuldades para conciliar os dois elementos, admite Zieba. A influência dos pensadores iluministas e o mais recente impacto da secularização ampliou o fosso entre o pensamento católico e o liberalismo.

Como João Paulo II apontou, o problema da tendência ao individualismo e ao relativismo é que eles minam o próprio liberalismo, tanto em termos políticos quanto econômicos. Na Centesimus Annus, João Paulo II explicou que a economia de mercado precisava reconhecer a importância da verdade transcendente e uma visão comum da dignidade do homem.

"Ao passo que a cultura cristã dá forma à liberdade associando-a com a responsabilidade, a cultura iluminista produz uma ideologia de liberdade segundo a qual a liberdade se justifica em si mesma", diz Zieba. No entanto, como João Paulo II observa na Centesimus Annus, "num mundo sem verdade, a liberdade perde os seus fundamentos".

Zieba mostra que as encíclicas sociais da Igreja foram muito além das questões econômicas contingentes, já que chamam a atenção para verdades inerentes à pessoa humana.

À sua maneira, conclui Zieba, a Igreja pode prestar uma assistência vital para a cultura liberal, insistindo na necessidade de manter unidas a liberdade e a verdade. Resta saber, acrescenta o autor, se esta proposta será aceita.


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Cultura e Sociedade
A Croácia se mobiliza em defesa do casamento natural 
Referendo deste domingo pergunta se a constituição deve passar a definir o casamento como "união entre homem e mulher". 68% dos eleitores são a favor

Por Federico Cenci


ROMA, 28 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - As pesquisas apontam vitória esmagadora dos eleitores que querem introduzir na constituição da Croácia a definição do casamento como "união de vida entre um homem e uma mulher". O referendo acontece domingo, 1º de dezembro, e tem o objetivo de neutralizar qualquer tentativa de legalizar no país formas de casamento que não sejam o casamento natural.

A mobilização dos cidadãos da Croácia começou na primavera passada, quando associações católicas se uniram no movimento U Ime Obitelji (Em Nome da Família) e lançaram um abaixo-assinado pedindo a realização do referendo.

O resultado foi impressionante. As 375 mil assinaturas (10% do eleitorado) exigidas por lei para validar a iniciativa popular foram conseguidas em uma semana. Em total, o abaixo-assinado levantou 710 mil assinaturas, equivalentes a mais de 16% da população croata, formada por 4,2 milhões de pessoas.

O mérito do enorme sucesso pode ser atribuído aos muitos voluntários que, num curto espaço de tempo, organizaram mais de 2.000 pontos de coleta de assinaturas em todo o país. Os cidadãos puderam assinar não só nas igrejas, capelas e conventos, mas em muitos locais públicos como universidades, praças e mercados.

A iniciativa contou com o apoio explícito da Conferência Episcopal da Croácia. Mas não apenas. Em defesa da lei natural, formou-se um verdadeiro fronte interconfessional, com representantes da Igreja Ortodoxa, da comunidade muçulmana e de outras denominações cristãs que apoiam os objetivos do referendo.

Minoritária, mas às vezes muito feroz, foi a oposição. Os voluntários relatam ter sofrido várias agressões por parte de membros das comunidades homossexuais. O governo e os partidos políticos da maioria (de centro-esquerda) não pronunciaram uma única palavra para condenar esses gestos de violência.

Aliás, a crítica mais pesada contra o governo croata é justamente a de tentar obstruir o sucesso da iniciativa. O mínimo de assinaturas exigidas por lei foi subitamente elevado para 450 mil já nos primeiros dias da mobilização. Quando os organizadores anunciaram ter conseguido meio milhão de assinaturas, o governo ainda impôs que o parlamento discutisse a possibilidade do referendo, o que contrariava o parecer do Tribunal Constitucional. Contando com a maioria no parlamento croata, ficava evidente que os esforços do governo estavam direcionados a impedir o sucesso da iniciativa popular.

Independentemente das decisões que vierem a ser tomadas, a livre expressão dos cidadãos sobre a questão da família não poderá ser impedida. O site do U Ime Obitelji afirma: "Os cidadãos croatas estão absolutamente convencidos da importância do seu voto neste domingo, 1º de dezembro, para confirmar a visão do casamento como a união de um homem e de uma mulher durante toda a vida; para confirmar que querem defender esta comunidade e os seus direitos, e com eles a constituição croata; para confirmar que estão cansados, cansados de ouvir a mesma mentira, cansados deste terror de uma minoria contra a maioria".

Uma pesquisa publicada nesta semana confirma os prognósticos da associação organizadora da iniciativa: 68 % dos entrevistados afirma que votará a favor da introdução da definição de casamento como a união entre homem e mulher. 27% deverão votar contra e 5% se dizem indecisos.

Será o terceiro referendo na história desta jovem nação europeia. O primeiro abordou justamente a sua independência, em 1991. No ano passado, o eleitorado foi chamado a se manifestar sobre a entrada do país na União Europeia. Desta vez não há quórum nem previsão de aplauso da maioria daqueles que, no resto da Europa, comemoraram os resultados dos dois referendos anteriores.


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Homens e Mulheres de Fé
É careta ser beato? 
Testemunho de jovem brasileiro, surfista, estudante de medicina, quase padre e com fama de anjo surfista

Por Felipe Ramos


JOãO PESSOA, 28 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Quem acha careta ser beato, nunca conheceu Guido Schaffer, jovem surfista, formado em medicina e apaixonado por Deus, deixou o noivado e a medicina para se tornar padre. Viver intensamente assim não é para caretas. Ah o artigo é um pouco grande, mas deixa um pouco a timeline do seu facebook. Vai valer a pena!

Talvez não aconteça com você, mas chega um dia na vida de um jovem que sofreu uma virada de 180 graus ao se encontrar com Deus, que as pessoas começam a dizer: Pronto, vai virar beato? Como se ser beato fosse algo careta! (SQN), só que não! (do latim beatum, que dizer "feliz", "bem-aventurado"), Se você passa por isso, esse artigo é pra você. Seja bem-vindo!

Para falar bem desse assunto, como um jovem conectado que sou, fui ao bom e velho Google para ver a definição de careta, (entre tantas mil que aparecem) escolhi essa: "Pessoa antiga, fora da moda, antiquada. Aquele que sempre segue os padrões antigos, que não arrisca coisas novas e diferentes" Bem, acho que a vida do carioca Guido, futuro beato da Igreja Católica não tem nada haver com isso.

Surfista, médico e quase padre, ele se chamava Guido Vidal França Schaffer. Carioca, nascido em Copacabana, pegava onda no Arpoador. De sorriso fácil e muito simpático, foi um jovem que invadiu festas, pulou muro para entrar sem ter sido convidado. Era ousado e gostava de uma boa brincadeira, usava roupa de marca, curtia o som de metálica e Pearl Jeam, malhava todos os dias na academia e curtia dançar nas boates. Um cara normal e alegre, amava o mar e o surf. Teve os mesmos desejos e desafios que os outros jovens, como eu e você, e também fez muita besteira. Uma pequena pausa: aposto que tem pessoas já se identificando com ele. #antesdo180graus!

Ele teve suas namoradas e admiradoras, passou pela curiosidade de provar um baseado com os amigos, mas percebeu que aquilo não o preenchia. Para Guido, a experiência foi como aquela onda que vai crescendo e depois estoura deixando um vazio a solta. Você deve estar pensando que até agora não tem nada de careta, mas nada de beato também, não é mesmo? Calma, o melhor está por vir.

Esse cara, que sempre viveu muito intensamente, provou de uma parada capaz de fazer qualquer jovem viver mais radicalmente uma vida. Um dia, Guido participou de um seminário de vida no Espírito Santo, (igual ao que você já tenha participado ou se não participou ainda, deixa de ser careta e participa!) Daí pra frente, o surfista do Arpoador sofreu uma virada de 180 Graus na sua vida.

Engajado em grupo de oração, começou a surfar cada vez mais nas ondas do amor de Deus. Em 1997, o papa João Paulo II visitou o Rio de Janeiro e Guido fez parte do coral que cantou nessa ocasião. De perto pôde sentir no olhar do Papa o olhar de um pescador de homens. Quando João Paulo II falou "Temos que ir para águas mais profundas", tudo fez sentido para o surfista que com muita alegria dizia para o seu grande amigo padre Jorjão: "É isso que eu quero".

É preciso como o Guido desejar mergulhar de cabeça na vida com Cristo, não só postando coisas do Evangelho nas redes sociais, isso são águas rasas. Precisamos postar o Evangelho no fundo da nossa vida.

Desafiado pelo seu amigo padre a formar um grupo de oração para jovens, Guido teve que aprender a conciliar os estudos de medicina com o grupo de oração. Aos poucos, centenas de jovens foram sendo atraídos pelo testemunho e unção que ele passava, (já quando seminarista, também criou com uma amiga um grupo na praia, onde também ensinavam muitos a surfarem). O cuidado pelos pobres foi marca na sua vida. Trabalhava nos hospitais cuidando dos doentes e saía nas ruas para amar os mais necessitados.

Como ser careta é não ter coragem de fazer coisas novas e se arriscar, ele foi começando a viver uma vida de beato, ou seja, feliz! Ele também tinha uma noiva, também muito de Deus, juntos formavam um casal perfeito. Mas um dia, em oração, a voz de Deus o chamou: "Levanta-te e serás sacerdote da Minha Igreja". E agora? Guido tinha tudo, tinha noiva, estava na residência médica e já "fazia muito" na evangelização, mas Deus queria mais. Sem dúvidas, ele dropou a onda da voz de Deus e deixou tudo! Isso mesmo: tudo! E entrou para o seminário! (se garantiu Guido! Uhuu!).

Ele não abandonou o surfe, onde ele mesmo dizia se encontrar diversas vezes com Jesus. Sempre ia quando podia. Após entrar para o seminário, crescia em humildade e pregava nas paróquias onde muitas pessoas até hoje lembravam as ações do Espírito através dele: profecias, repousos no Espírito, muitos dons. Com mais ardor continuou sua missão com os pobres e doentes. Onde chegava, Guido era sinal de esperança e alegria. Com certeza já mostrava que era um beato que não tinha nada de careta.

Sua última surfada aconteceu na despedida de solteiro do seu amigo Dudu, na praia do recreio. Antes de entrar no mar seus amigos fizeram junto com ele uma oração. Já no mar, apareceu uma serie de ondas e inesperadamente os amigos de Guido o encontraram se afogando. Ele foi levado ao hospital, onde foi confirmada sua morte. Guido morreu surfando e assim nasceu para o céu.

Hoje em dia, muitos testemunhos são contados de milagres que aconteceram e acontecem até hoje pela intercessão de Guido Schaffer. Um livro intitulado "O Anjo surfista", do escritor Manuel Arouca, que conta sua história foi a fonte que usei para escrever este artigo. Não vou mentir que em certas partes da leitura as lágrimas apareceram em meus olhos.

Fala-se da beatificação de Guido Schäffer desde maio de 2009, o padre Jorjão, amigo e confessor de Guido, falou deste possível acontecimento:

"A Igreja é muito prudente em relação a isso. Os testemunhos vão poder ser analisados. O impressionante é ver como pessoas que nunca o conheceram montam grupos para orar por ele e pedir sua intercessão. O Papa João Paulo II costumava dizer que precisamos de santos vestidos de calças jeans. E o Guido é um exemplo disso, de um rapaz que vivia sua juventude".


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A cristologia do papa Bergoglio 
Francisco descreve e propõe uma retomada da identidade cristã

Por Alfonso M. Bruno


ROMA, 25 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Com a missa solene na Praça de São Pedro, na festa de Cristo Rei, o papa encerrou o ano litúrgico e o Ano da Fé. A liturgia diz que Cristo é o Alfa e o Ômega: a história da salvação começa com a sua vinda ao mundo e é destinada a terminar com o seu retorno.

E é por esta razão que a solenidade que comemora a sua centralidade no universo e na história é colocada no final do nosso ciclo anual: quando chega a hora de fazer uma avaliação do ano que passou, deve-se medir quanto progresso foi feito na construção do Reino de Deus.

Os primeiros cristãos, que celebravam a missa à noite, esperavam até altas horas pela "parusia", ou seja, pelo retorno de Cristo. O papa Francisco diz que Cristo já está presente, através da Sua Palavra e da Eucaristia. Neste ponto, ele aborda o problema do sentido a ser atribuído a esta presença, depois de o Ano da Fé nos ter fortalecido na convicção de que a fé é eficaz e operativa.

Em sua homilia, Francisco afirmou que Cristo é o centro da criação, que Cristo está no centro da história, que Cristo está no centro da Redenção. O papa acrescentou, no entanto, um conceito, que nós, europeus, não estamos acostumados a ouvir, mas que é bastante típico da cristologia latino-americana: Cristo está no centro do povo.

É espontâneo, quando ouvimos o papa, concluir que Cristo é o fator decisivo, específico, determinante da nossa identidade coletiva. De fato, logo depois, a palavra "identidade" foi vigorosamente proclamada pelo papa na Praça de São Pedro.

Neste domingo de manhã, o noticiário abordou repetidamente a questão do acordo sobre a política nuclear iraniana: um acordo que marca a renúncia final do Ocidente a frear o desenvolvimento atômico daquele país e, com isso, a expansão da sua influência.

Agora, apenas a palavra dos líderes do Irã, ou melhor, o seu interesse em evitar um conflito, pode nos dar garantias contra os perigos decorrentes dessa realidade. O Ocidente cristão não é mais capaz de dominar o mundo, não é mais capaz de se preservar da emergência econômica, cultural e agora também militare dos poderes que não fazem parte dele.

Vem então a tentação inevitável, para cada um, de se refugiar na sua própria identidade. Se essa identidade for concebida em termos étnicos, a fragmentação que nos espera será cada vez maior e acentuará a nossa marginalização e insignificância. Já se reavaliarmos a nossa identidade em termos espirituais, ela será mais extensa e, portanto, terá mais oportunidades de influenciar o mundo.

O papa certamente não a considera em termos de contraste com as outras culturas. Como homem que veio do hemisfério sul, o papa Bergoglio viveu na pele a injustiça histórica mascarada pelo colonialismo como "o fardo do homem branco".

A identidade cristã, de resto, não surgiu como uma questão interna do Ocidente, tanto porque, em realidade, ela provém do Oriente quanto porque não conhece nem justifica nenhuma forma de discriminação racial. Além disso, ela sempre se enraíza em culturas diferentes. Podemos até dizer que, enquanto as outras grandes religiões são não-europeias e têm pouca propagação em nosso continente, a nossa foi se espalhar como um fenômeno autóctone em todas as partes do mundo.

É precisamente nisto que reside o antídoto que a impede de endossar as novas tentativas de domínio por parte do Ocidente: mas o fato de que a tradição cristã tenha tido um particular enraizamento na Europa nos permite oferecer o patrimônio representado pela nossa identidade também às outras culturas.

Se a batalha pela supremacia econômica já está perdida e a luta pela supremacia militar já vai pela mesma direção, ainda permanece firme o prestígio que nos é dado pela nossa identidade espiritual.

Agora, mais do que nunca, em torno à figura do papa, ao seu prestígio, ao poder dos seus gestos pela paz, à sua luta pela justiça, reúnem-se não-católicos, não-cristãos, não-religiosos que aceitam de fato a sua orientação. Como podemos ajudá-lo, nós, europeus e católicos? Simplesmente vivendo com coerência a nossa fé, a fé para a qual Cristo está, como nos recorda o papa, no coração dos povos: é uma escolha com implicações revolucionárias, uma vez que, hoje, no coração dos povos, existem tantos interesses materiais e egoístas.

A crise até poderá ter um efeito benéfico se nos levar a reconverter-nos como cristãos.


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Familia e Vida
Bélgica: líderes religiosos reiteraram a sua profunda preocupação sobre a eutanásia infantil 
Em uma nova declaração conjunta pedem para não banalizar o ato de matar. Aprovada em comissão, abre-se o debate no Parlamento

Por Ivan de Vargas


ROMA, 29 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Em uma nova declaração conjunta sobre os perigos da extensão da lei da eutanásia aos menores de idade divulgado hoje, os líderes das principais confissões religiosas da Bélgica voltaram a rejeitar essa prática sinistra, que depois de aprovada pela Comissão Conjunta de Assuntos Sociais e Justiça do Senado, caminha dramaticamente em direção à legalização. "Não banalizemos o ato de matar, porque somos feitos para a vida", dizem os líderes religiosos". Acabar com a vida é um ato que não só mata, mas lentamente destrói os laços que existem em nossa sociedade, em nossas famílias, vítimas de um individualismo crescente ", denunciam com grande preocupação.

Certamente, os signatários desta declaração compartilham "a angústia dos pais que têm uma criança que se encaminha para um fim prematuro da vida, especialmente quando está sofrendo". "Não temos o direito de deixar uma criança sofrer, porque o sofrimento pode e deve ser atenuado", diz o texto, mas este também lembra que "a medicina tem os meios" para aliviar a dor.

Neste sentido, os representantes das diferentes religiões explicam que os "cuidados paliativos" e a "sedação" são "uma maneira digna" – recomendada por médicos e oncologistas – para tratar as crianças em fase terminal. Isso sim, evitando sempre o "encarniçamento terapêutico", acrescentam.

Além do mais, a carta destaca a importância de "amar as famílias e os cuidadores desses pacientes", e se a doença os leva, "acompanha-los com profundo afeto". E conclui assegurando que "amar até o final exige uma grande coragem".

Esta preocupante reforma legislativa prevê que as crianças que estejam em uma situação de dor física insuportável e impossível de aliviar e que solicitem que se coloque um ponto final à sua vida, poderão fazê-lo simplesmente com a concordância de uma equipe médica que avaliará a situação.

Diante dessa possibilidade, os líderes cristãos, muçulmanos e judeus da Bélgica já tinham emitido no início de novembro outro comunicado conjunto opondo-se à legalização da eutanásia para menores. "A eutanásia das pessoas mais vulneráveis é desumana e destrói as bases da nossa sociedade", denunciavam. "É uma negação da dignidade dessas pessoas e as deixa ao critério, ou seja, à arbitrariedade de quem decide", acrescentavam.

Na nota, divulgada pela agência Cathobel, os líderes religiosos destacavam também que são "contra o sofrimento físico e moral, em particular das crianças", mas explicavam que "propor que os menores possam escolher a sua própria morte é uma maneira de distorcer a sua capacidade de julgar e, portanto, a sua liberdade". "Expressamos nossa profunda preocupação diante do risco de banalização crescente de uma realidade tão grave", concluiam.

A legalização da eutanásia para crianças tem sido debatida por quase dois anos no Senado, que acelerou o processo. Uma vez aprovada definitivamente, Bélgica vai se tornar um dos primeiros países a legalizar esta prática. Dessa forma se extenderá a lei da eutanásia em vigor desde o 2002, que reconhece a eutanásia para maiores de idade ou menor emancipado ( a partir dos 15 anos), capaz, com diagnóstico de doença irreversível, que padecesse de um sofrimento físico ou psíquico constante e insuportável ou uma doença grave incurável.

A reforma, que tem sido promovida pelos socialistas belgas e apoiada por vários grupos políticos, com exceção do partido flamenco Vlaams Belang e dos democratas cristãos, torna-se muito importante dado que se convertirá na mais permissiva, já que a de outros países como Holando deixa a decisão nas mãos do menor entre 16 e 18 anos e exige o consentimento paterno para casos entre os 12 e os 16.

A eutanásia na Europa está legalizada em Luxemburgo, Suíça , Bélgica e Holanda , onde o número de pedidos de eutanásia e suicídio assistido aumentou um 13% em 2012. No total, a Holanda chegou a ter 4.188 solicitantes esse ano, de acordo com um informe dos comitês regionais encarregados de avaliar estes procedimentos no país.

(Trad.TS)


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Mundo
O mundo hebraico americano aplaude a "Evangelii Gaudium" 
Rabino David Rosen manifesta seu apreço pelas partes da Exortação Apostólica de Francisco dedicadas ao diálogo inter-religioso e as relações com o judaísmo

Por Redacao


ROMA, 28 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Grande entusiasmo pela Evangelii Gaudium, primeira exortação apostólica do Papa Francisco sobre o anúncio do Evangelho no mundo de hoje. O documento pontifício tem atraído elogios e tornou-se um assunto de grande interesse, não só entre os católicos, em todo o mundo.

E sobretudo, a comunidade judaica americana ao expressar seu apreço pela Exortação do Papa. O Rabino David Rosen, diretor para assuntos inter-religiosos do Comitê Judaico Americano, declarou sua apreciação pelas partes dedicadas ao diálogo inter-religioso, em particular nas relações com o judaísmo. "A ênfase dada à importância dos valores do judaísmo para os cristãos - disse Rosen - é particularmente importante para a evolução nas relações entre a Igreja Católica e o povo judeu". De acordo com o rabino, que já se encontrou quatro vezes com o papa Francisco, desde a sua eleição em março, a referência à importância do diálogo inter-religioso para a promoção da paz e para aprender a aceitar os outros e as diferenças, é um "incentivo eficaz para um maior respeito e harmonia em nosso mundo".

Desde os Estados Unidos, disse à agência Cns mons. David L. Ricken, Presidente da Comissão para a Catequese e Evangelização da Conferência Episcopal (UsccB): "os bispos recebem com alegria esta exortação, e estamos felizes em partilhá-la com os fiéis nas dioceses". "Papa Francisco - acrescentou o prelado - é um modelo vivo da nova evangelização. Está levando o mundo a uma fé mais profunda e está mostrando como viver o Evangelho e alcançar o mundo com o que qualquer pessoa precisa: o relacionamento com Deus".

Carl Anderson, cavaleiro supremo da Ordem dos Cavaleiros de Colombo, disse que a Evangelii Gaudium é "uma contribuição importante e muito oportuna para a Nova Evangelização. Será acolhida pela Igreja em todo o mundo, irá relançar a Nova Evangelização da nossa cultura". 

(Trad.:MEM)


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Nepal: hinduístas e budistas também participaram da procissão de Cristo Rei 
Organização foi da Igreja católica em Katmandu, no encerramento do Ano da Fé

Por Redacao


ROMA, 26 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Milhares de católicos, hinduístas e budistas nepaleses participaram neste dia 23 de novembro da procissão de Cristo Rei, organizada pela Igreja católica em Katmandu para celebrar o encerramento do Ano da Fé, que, em Roma, terminou no domingo com uma missa solene na Praça de São Pedro.

A agência Asia News, com fontes locais, destaca a "grande dedicação" da população, que aderiu ao evento interrompendo o trabalho a fim de participar na cerimônia, mesmo em meio ao clima de tensão que o país está vivendo devido às recentes eleições da Assembleia Constituinte.

Padres, religiosos, leigos e não cristãos caminharam rezando o terço e cantando hinos desde a St. Mary School até a igreja da Assunção, com velas, imagens de Jesus e postais com a bíblia. O pe. Pius Perumana, vigário da diocese, guiou a procissão com vestes solenes. Participaram da celebração outras comunidades de Katmandu, inclusive as de Godavari, Baniyatar e Lubhu, que acompanharam a procissão com bandeiras e faixas.

Soni Rana, jovem católica de 18 anos de Baniyatar, na periferia de Katmandu, declarou à AsiaNews: "Eu estou muito emocionada com a procissão do Cristo Rei. Para mim, foi um momento para glorificar a Deus e fortalecer a minha fé em Deus". A jovem, que também esteve presente na cerimônia organizada um ano antes para a abertura do Ano da Fé, afirma que esse período de oração e reflexão foi crucial para ela, para a sua família e para os amigos.

Depois da queda da monarquia hinduísta em 2006, o Nepal testemunhou uma abertura gradual às outras religiões, antes perseguidas. Depois da subida ao poder dos maoístas (2008), vários grupos extremistas hindus realizaram atentados e ataques contra as minorias religiosas. O mais grave atingiu a igreja da Assunção em Katmandu no dia 23 de maio de 2009, matando duas pessoas.

Apesar de ser proibido o proselitismo, o governo decidiu em 2012 transformar o Natal em feriado nacional para reanimar o turismo, o que permitiu que os cristãos mostrassem imagens e decorações sagradas em lojas e no exterior de igrejas e casas, além de organizar procissões. Essa visibilidade levou muitos não cristãos a receberem o batismo. Os católicos nepaleses são hoje mais de 10.000. Eram 6.000 em 2006, ano da proclamação do estado laico no país.


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Análise
Alegria do Evangelho 
Reflexões do arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Por Dom Walmor Oliveira de Azevedo


BELO HORIZONTE, 29 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francisco define ainda mais nitidamente o horizonte norteador da Igreja Católica neste tempo com a sua recém-publicada Exortação Apostólica, intitulada "A alegria do Evangelho". Obviamente, trata-se de uma exortação que nasce da "escuta", na dinâmica da vida da Igreja e do que é próprio da graça de Deus. O Papa Francisco, com frescor próprio do coração de pastor enraizado no chão latino-americano, reaviva, com singularidades, a recuperação de sentidos genuínos na vivência do Evangelho. O conhecimento da Exortação do Papa é determinante na compreensão e no tratamento do mais importante desafio da Igreja Católica na contemporaneidade: a insubstituível tarefa de anunciar o Evangelho no mundo atual.

Ao falar sobre alegria, um capítulo determinante da vida e um interesse comum a todos os corações, é imprescindível compreender que o Evangelho de Jesus Cristo não é um simples conjunto conceitual alternativo para aprendizagem, ou simples referência quando necessário. A alegria do Evangelho é duradoura. Enche o coração dos que, no cotidiano, vivenciam a experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo. Trata-se de uma alegria que não é como muitas outras, que seduzem, mas são passageiras e não têm força para resgatar o vazio interior, o isolamento e a tristeza. O Papa Francisco adverte que o grande risco do mundo contemporâneo, com a oferta múltipla e opressora de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração acomodado e avarento, da busca doentia de prazeres superficiais.

Não é possível encontrar uma alegria verdadeira e duradoura quando a vida interior se fecha nos seus próprios interesses. Isto impede a escuta de Deus e faz morrer o entusiasmo de se fazer o bem. Um risco que, sublinha o Papa Francisco, pode atingir também aos que creem e praticam a fé. Um cenário que pode ser constatado quando são encontradas pessoas descontentes, ressentidas, amargas e incapacitadas para cultivar sonhos e projetos, necessários para conduzir a vida na direção da sua estatura própria de dom de Deus. A alegria, necessidade natural do coração humano, expressão de vida vivida com dignidade, vem com o anúncio, conhecimento, experiência e testemunho do Evangelho de Jesus Cristo.

A Igreja, que tem a missão de promover a experiência dessa alegria duradoura tem que estar em movimento, isto é, sempre a caminho. Cada membro, tomando a iniciativa de sair e ir ao encontro, deve renunciar às comodidades e acolher o desafio da mudança, da renovação, numa atitude permanente de conversão. É preciso ter coragem de mudar, de ousar novas respostas, em todos os campos da sociedade, dinâmicas e projetos. No caminho contrário, corre-se o risco de se tornar um instrumento inócuo no serviço e no anúncio da fonte inesgotável dessa alegria.

Por isso, diz o Papa Francisco, a Igreja está desafiada por uma exigência de renovação improrrogável. Para se adequar a esta necessidade, é preciso reconhecer os muitos desafios postos pelo mundo contemporâneo. A consideração das diferentes culturas urbanas, com um conhecimento mais aprofundado de suas dinâmicas, interesses, linguagens e configurações, tem a propriedade de mostrar o caminho novo que fará a renovação da Igreja. O Papa Francisco sublinha que na atual cultura dominante, o primeiro lugar está ocupado por aquilo que é exterior, imediato, visível, veloz, superficial e provisório. O real dá lugar à aparência. Constata-se uma deterioração de valores culturais, com a assimilação de tendências eticamente fracas. Esse processo de renovação e trabalhosa tarefa de ajudar o mundo a encontrar no Evangelho a fonte perene de alegria duradoura supõe, sem negociação, a coragem e a perseverança no dizer "não" a uma economia da exclusão, "não" à nova idolatria do dinheiro, que dá ao mercado a força de governar e não a de servir, gerando perversidades inadmissíveis. "Não" a todo tipo de iniquidade que gera violência, "não" ao egoísmo mesquinho e ao pessimismo estéril.

É hora de compreender e testemunhar a dimensão social da fé, como força e instrumento de uma nova "escuta" prioritária dos pobres, trabalhando para respeitar o povo, de muitos rostos e necessidades. Convida-nos o Papa Francisco a buscar, corajosamente, novas configurações organizacionais, institucionais e pessoais, apoiados na certeza daquilo que, luminosamente, está na alegria do Evangelho.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte


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Angelus
O tempo do Advento nos restitui o horizonte da esperança 
As palavras do papa Francisco durante o Angelus


CIDADE DO VATICANO, 01 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - Eis as palavras pronunciadas pelo Papa Francisco aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro hoje, às 12h00 (hora local), durante a recitação da oração do Angelus.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Iniciamos hoje, Primeiro Domingo do Advento, um novo ano litúrgico, isso é, um novo caminho do Povo de Deus com Jesus Cristo, o nosso Pastor, que nos guia na história para o cumprimento do Reino de Deus. Por isto, este dia tem um encanto especial, nos faz experimentar um sentimento profundo do sentido da história. Redescobrimos a beleza de estar todos em caminho: a Igreja, com a sua vocação e missão, e toda a humanidade, os povos, as culturas, todos em caminho pelos caminhos do tempo.

Mas em caminho para onde? Há uma meta comum? E qual é esta meta? O Senhor nos responde através do profeta Isaías, e diz assim: "No fim dos tempos acontecerá/ que o monte da casa do Senhor/ estará colocado à frente das montanhas/ e dominará as colinas./ Para aí correrão todas as gentes,/ e os povos virão em multidão:/ "Vinde, dirão eles, subamos à montanha do Senhor,/ à casa do Deus de Jacó:/ ele nos ensinará seus caminhos,/ e nós trilharemos as suas veredas"" (2, 2-3). Isto é aquilo que nos diz Isaías sobre a meta para onde vamos. É uma peregrinação universal para uma meta comum, que no Antigo Testamento é Jerusalém, onde surge o templo do Senhor, porque dali, de Jerusalém, veio a revelação da face de Deus e da sua lei. A revelação encontrou em Jesus Cristo o seu cumprimento, e o "templo do Senhor" tornou-se Ele mesmo, o Verbo feito carne: é Ele o guia e junto à meta da nossa peregrinação, da peregrinação de todo o Povo de Deus; e à sua luz também outros povos possam caminhar rumo ao Reino da justiça, rumo ao Reino da paz. Diz ainda o profeta: "De suas espadas forjarão relhas de arados,/ e de suas lanças, foices./ Uma nação não levantará a espada contra a outra,/ e não se arrastarão mais para a guerra" (2, 4). Permito-me repetir isto que nos diz o Profeta, escutem bem: "De suas espadas forjarão relhas de arados,/ e de suas lanças, foices./ Uma nação não levantará a espada contra a outra,/ e não se arrastarão mais para a guerra". Mas quando acontecerá isto? Que belo dia será, no qual as armas serão desmontadas, para se transformar em instrumentos de trabalho! Que belo dia será aquele! Que belo dia será aquele! E isto é possível! Apostemos na esperança, na esperança da paz, e será possível!

Este caminho não está nunca concluído. Como na vida de cada um de nós, há sempre necessidade de começar de novo, de levantar-se, de reencontrar o sentido da meta da própria existência, assim, para a grande família humana é necessário renovar sempre o horizonte comum rumo ao qual somos encaminhados. O horizonte da esperança! Este é o horizonte para fazer um bom caminho. O tempo do Advento, que hoje começamos de novo, nos restitui o horizonte da esperança, uma esperança que não desilude porque é fundada na Palavra de Deus. Uma esperança que não desilude, simplesmente porque o Senhor não desilude nunca! Ele é fiel! Ele não desilude! Pensemos e sintamos esta beleza.

O modelo desta atitude espiritual, deste modo de ser e de caminhar na vida é a Virgem Maria. Uma simples moça do campo, que leva no coração toda a esperança de Deus! Em seu ventre, a esperança de Deus tomou carne, fez-se homem, fez-se história: Jesus Cristo. O seu Magnificat é o cântico do Povo de Deus em caminho, e de todos os homens e mulheres que esperam em Deus, no poder da sua misericórdia. Deixemo-nos guiar por ela, que é mãe, é mãe e sabe como guiar-nos. Deixemo-nos guiar por ela neste tempo de espera e de vigilância ativa.

A todos desejo um bom início de Advento. Bom almoço e até mais!

(Tradução: CN notícias)


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